Aos 17 anos, Ana pesava 42kg, sofria de anorexia e estava longe de possuir um equilíbrio interior
Ana ficou entre a vida e a morte após sofrer um AVC quando tinha apenas 12 anos. “Fiquei entre a vida e a morte e com sequelas, um coágulo de sangue no cérebro. Tudo isso, com o passar do tempo fez despertar inseguranças. Só queria refugiar-me em casa, com medo da morte. Com o passar do tempo, esses mesmos complexos pioraram e passei a comparar-me muito com as outras raparigas, queria ser como elas… ao ponto de entrar numa dieta. Praticamente não comia nada e entrei numa anorexia, pesava 42kg.”
INTERIOR VS EXTERIOR
“Mudava a cor e o tamanho do cabelo, a minha forma de vestir… contudo, nada disso resolvia, pois, a cobrança em ser perfeita era maior e o vazio também. Ia ao insta de outras raparigas e via–as tão ‘perfeitas’, com o corpo que a sociedade implementa e a frustração era ainda maior por não ser igual a elas. Eu não gostava de mim, daí a necessidade que tinha de emagrecer. Mal comia e, quando comia, era tudo por medida. Mas, havia uma zona do corpo que me incomodava muito, que era o peito. Cheguei a procurar informação para fazer uma cirurgia plástica de aumento, pois causava-me muita insegurança.”
NECESSIDADE DE ACEITAÇÃO
“Para me sentir melhor comigo mesma, tentava estar sempre na moda e demasiado arranjada para não aparentar as minhas inseguranças. Vivia de aparências, mas sentia-me na solidão. Não me valorizava e pensava que só poderia ser feliz tendo isto ou aquilo. Acabei por não dar valor às coisas que realmente importam e que não há dinheiro nenhum que compre. É muito complicado quando o nosso maior inimigo somos nós…”
VAZIO E SUICÍDIO
“Via vultos em casa dos meus avós que já morreram… lembro-me até de uma vez ver a minha avó a subir as escadas de casa, de camisa de noite. Não conseguia dormir e chorava imenso. Já estava tão farta da vida, que pensei em suicidar-me, mas faltava a coragem para tal.”
VENCER OS COMPLEXOS
“E foi assim que conheci o grupo de apoio… com o passar do tempo, venci os pensamentos negativos, os vultos, a anorexia, as dores fortes, tanto de barriga, quanto de cabeça (que muitas vezes não me permitiam sequer sair da cama). Também venci os complexos, os traumas do passado devido à situação da família e o medo da morte! Hoje, sim, posso dizer que sou feliz de verdade. Encontrei o verdadeiro propósito para a minha vida!”
