Qual é o maior medo dos portugueses?

Há cerca de 1 ano atrás, o estado emocional dos portugueses era de uma incerteza assustadora. O medo pautava o seu dia a dia e o futuro, para muitos, era feito de angústia e ansiedade
Foi o Inquérito online da Escola Nacional de Saúde Pública que revelou, em 2020, que 60 % das pessoas temiam perder os rendimentos e 40 % de ficar sem bens essenciais. Eram os mais os novos do que os idosos a estar “ansiosos e tristes”.
Se formos analisar, não é apenas a Covid-19 que veio a suscitar este tipo de medos nos portugueses, já que perder o emprego ou a sua fonte de rendimento ou não ter acesso a bens de primeira necessidade, como alimentação, produtos de higiene ou vestuário, sempre foram os maiores medos revelados pelos cidadãos.
MEDO DE PERDER
Em declarações ao Diário de Notícias, Sónia Dias, professora de Saúde Pública, explicou: “A questão dos rendimentos está muito relacionada com a que refere que as pessoas sentem frequentemente angústia, ansiedade. As pessoas que mais têm esses sentimentos temem perder os recursos”.
Todavia, este medo não é nada de novo, pois a humanidade sempre mostrou algum tipo de reação (sendo o medo a mais frequente) a uma potencial ameaça.
UM PROBLEMA
De facto, o medo para muitas pessoas pode-se tornar em algo tão extremo e angustiante, que muitos chegam a deixar de viver, passando a ser reclusos na sua própria casa. Existem, inclusivamente, relatos de pessoas que desde o confinamento de 2020, não mais regressaram à normalidade, preferindo manter-se confinadas por escolha própria. Todavia, é importante realçar que negar o medo não faz com que ele desapareça, importa, sim, admiti-lo, enfrentá-lo e combatê-lo recuperando, assim, o controlo sobre a própria vida.
Fonte: Folha de Portugal