Por trás de cada depressão, há uma pessoa…

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De acordo com a OCDE disparou o consumo de anti-depressivos, estando neste momento Portugal entre os países com doses mais elevadas de consumo

Diariamente, vemos as pessoas a quererem batalhar para descobrir aquele que tem a dor maior, como se de um troféu se tratasse, mas, paradoxalmente, não aceitamos a tristeza, nem a depressão no nosso dia a dia. Agimos como se quem tem uma depressão fosse fraco e tentamos a todo o custo dizer “isso vai passar”, sem nos mobilizarmos para encontrar os recursos certos para resgatar o outro da depressão.

Agimos como se quem tem uma depressão estivesse nessa situação por uma escolha, mas esquecemo-nos que, regra geral, ninguém se deprime a custa de amor a mais, à custa de uma vida tranquila e recompensadora. Por isso, mesmo que, por momentos, tenhamos a sensação que a depressão é uma escolha, que faz daquela pessoa frágil, devemos sempre lembrar-nos que a depressão aparece muitas vezes em fim de linha após diversas lutas. Por isso, deixemo-nos de estigmatizar quem sofre com depressão como se, no limite, tudo isso não passasse da uma escolha.

Preocupa-nos ainda mais saber que ainda é feito muito pouco pela saúde mental em Portugal e que, no mundo, a cada 40 segundos continua a morrer uma pessoa por suicídio, sendo ainda absolutamente impactante saber que a taxa de suicido entre os mais jovens tem vindo a aumentar. A saúde mental, em particular a depressão, deve ser encarada como uma prioridade e uma urgência nos planos estratégicos de intervenção em saúde pública. Até aqui, a saúde mental era um tabu e as consequências das dores depressivas escondidas foram desastrosas ao longo das gerações. Para o bem da Humanidade é preciso mais, é preciso que se deixe de estigmatizar e de rotular. É preciso que a doença mental não seja permanentemente alvo de um “isso não é nada, vai passar”.

Não nos podemos esquecer que em cada depressão, regra geral, está uma pessoa, que mesmo que pareça resistir a todos os apelos, anseia ser resgatada e ser trazida para a vida, que em cada depressão está uma angústia profunda que apenas se deu à custa de muitas dores, dores essas muitas vezes não escutadas.

Reconhecer que a depressão não é uma condição que desaparece por si só e que certamente não é sinal de fraqueza é uma necessidade e é algo que tem que se tornar cada vez mais real. No Centro de Ajuda, esta realidade é levada em conta, já que no leque de pessoas atendidas constam de ambos os sexos e de todas as idades. Por isso, se identificou algum dos sintomas citados na sua vida, não perca mais tempo e procure-nos para um atendimento. Ligue-nos para a nossa linha de atendimento gratuito 24h: 218 368 008 ou pelo whatsApp: 918 617 038.

Fonte: publico.pt

 

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