Com 13 anos apenas, Laura começou a ser seguida por uma psicóloga e uma pedopsiquiatra devido aos problemas que já apresentava. “Chorava dias inteiros e não conseguia dormir à noite. Devido a ter crescido num lar onde existia violência doméstica, agressividade, álcool excessivo e vícios, tornei-me uma adolescente infeliz cujo maior desejo era morrer, porque acreditava que todo o meu sofrimento acabaria. Para piorar, sofri de bullying durante vários anos na escola e fui violada durante 3 anos por um parente próximo. Por tudo isso, tornei-me revoltada, odiava a minha família e tinha medo de tudo. Tornei-me ansiosa, ao ponto de ter que ser internada num ‘hospício infantil’, devido ao desejo de morrer. Tentei tomar comprimidos fortes para morrer, mutilava-me e ficava vários dias a olhar para a janela a tentar ganhar coragem para me atirar”, confessa.