“Fingia que estava bem e feliz…”

Hoje a viver uma etapa completamente diferente, Jaqueline recorda-se bem dos momentos angustiantes que passou na sua juventude…

Muitos querem acreditar que os jovens, na verdade, não têm problemas, mas gostam de os ‘inventar’… Aqueles que ainda moram com os pais, então, não deveriam ter qualquer preocupação no mundo a não ser, na maior parte dos casos, estudar e ter boas notas. Porém, não é isto que os dados recentes nos têm revelado, com quase 31% dos jovens em Portugal a manifestar sintomas depressivos moderados ou até mesmo graves. Jaqueline era uma destas jovens. Depressiva e ansiosa, procurava esconder a sua dor interna das outras pessoas. “Mas, sozinha, eu chorava… ouvia vozes que me diziam que ninguém gostava de mim, e que eu nunca teria nada na vida. E assim fui vivendo muitos anos”, recorda.

TIRAR A VIDA…

Infelizmente, à semelhança de milhões no mundo, Jaqueline viu o suicídio como o último recurso de uma vida que já se tornara insustentável. “Tentei várias vezes o suicídio tomando remédios, pois achava que ao tirar a própria vida eu daria paz à minha família. Tomava remédios para dormir, bebia bebidas alcoólicas, praticamente, todos os dias, fumava narguilé, e cheguei a usar drogas, como a maconha e a cocaína”, confessa a jovem. Para além disso, Jaqueline ainda fazia o esforço descomunal de transmitir às pessoas a imagem de que estava muito bem e feliz, algo que em nada correspondia à realidade.

CONFRONTAR A REALIDADE

Todas as pessoas têm o seu limite e é quando este é atingido que uma atitude é tomada. “Hoje não tenho depressão, não sofro de ansiedade, não tenho vícios, não tenho vontade de morrer e tenho uma vida transformada!”, garante os efeitos da mudança.

Jaqueline Silva