A doença continua a ser tema tabu entre desportistas, apesar de muitos já terem admitido sofrerem da mesma…
Tiger Woods, Andrés Iniesta, Kevin Love, Gianluigi Buffon, Michael Phelps e DeMar DeRozan… o que terão todos estes nomes em comum? Além de serem afamados desportistas, no topo das suas modalidades, todos, a dada altura, tiveram de lidar com a depressão.
No entanto, este continua a ser um tema tabu entre desportistas, apesar de muitos já terem admitido sofrerem da doença.
São pessoas que proporcionam a alegria a milhões, mas, no entanto, continuam tristes. Atletas que são autênticas lendas e que, de repente, se sentem incapazes de fazer os mesmos gestos que os levaram ao topo nas suas modalidades, como são os casos dos golfista Tiger Woods, dos futebolistas Andrés Iniesta e Gianluigi Buffon e do nadador Michael Phelps.
“Construímos uma imagem do desportista que é falsa, mas que eles se apegam muito a ela: têm de mostrar que não são vulneráveis, são ganhadores, seguros. Quando se sentem mal, não contam a ninguém nem pedem ajuda. E isso só agrava o problema. Estamos na época do Mr. Wonferfull [Sr. Fantástico], tudo tem de ser bonito. A tristeza é mal vista, logo acaba por ser silenciada”, explica o espanhol Rafael Mateos, psicólogo desportivo, em declarações ao diário ‘El Mundo’, que fez uma reportagem onde recordou vários casos de desportistas famosos que admitiram sofrer de depressão e ansiedade.
O estudo mais recente sobre este problema foi feito em 2015 pela FIFPro, (associação mundial que representa os futebolistas). O estudo estimou, na altura, que 33% dos jogadores no ativo sofriam de perturbação no sono, 18% com sinais de stress e 43% com ansiedade ou sinais de depressão.
A pressão, o medo do fracasso, a exposição permanente à crítica, exacerbado pelas redes sociais, são apontados como algumas das causas para a depressão no desporto de elite.