“Andei cerca de um ano e meio em psicólogos e psiquiatras…”

Devido a uma discussão, provocada por ciúmes, Maria fez a sua primeira tentativa de suicídio de um carro em andamento…

Estava noiva e iria casar para sofrer? Mas, o amor tenta sempre levar as coisas pelo melhor e Maria avançou para o casamento. “Praticamente logo após o casamento, engravidei. Mesmo durante a gravidez houve muita agressão, tanto que o meu filho nasceu doente. Entretanto, a vida foi avançando e, embora os problemas tenham estacionado um pouco, voltei a engravidar, desta vez de uma menina. Pensei que, finalmente, iria ser feliz e fui, durante algum tempo, pois o meu marido desejava muito ter uma menina. A alegria, rapidamente desvaneceu, pois ela também nasceu com alguns problemas respiratórios. Chorava muito e o meu marido via que eu andava muito angustiada. Acabei por me revoltar contra ele e isso trouxe-me muitos problemas. Ele queimava-me com cigarros, batia-me, a ponto de os meus filhos assistirem a tudo enquanto cresciam.”

MEDICAÇÃO E VÍCIOS

“Tudo isso trouxe uma acumulação, uma depressão, esgotamentos. Comecei a interiorizar tudo, mas tornei-me muito agressiva. Andei cerca de 1 ano e meio em psicólogos e psiquiatras. Recordo-me que, no dia em que fazia 33 anos procurei um médico por causa da depressão, pois tinha voltado a tentar o suicídio. Eu só queria uma solução… receitou-me muita medicação, para tomar de manhã, ao meio dia, à tarde e à noite. Estive 3 meses sem dormir e sofri 3 esgotamentos, cheguei ao ponto de não saber quem era. Refugiava-me no álcool e no tabaco. Numa ocasião, fiz um cocktail, de uma série de medicamentos e uma garrafa de whisky para acabar com a minha vida. Tinha planos para acabar não só comigo, mas com a família toda.”

QUANDO TUDO MUDOU

“Um dia, o meu marido, com quem não conversava há 15 dias, chegou a casa e disse que tinha participado de uma oração, pois tinha sentido o desejo de se matar. Um dia, também ouvi essa oração e tirei a morada. Decidi ir, mas, como não encontrava o local, decidi ir para o metro para me matar, foi a quinta tentativa de suicídio. Porém, alguém que estava presente levou-me até ao Centro de Ajuda. Entrei sedenta de uma solução e logo se iniciou a minha mudança de vida. Ao fim de um mês já não sentia falta da medicação. O meu casamento passou de uma coisa muito amarga, para um favo de mel. Há dificuldades, lutas, mas tudo é diferente!”

Maria Isabel