Os sintomas físicos são imediatamente reconhecidos, ainda que psicologicamente não o sejam, mas o facto é que milhões no mundo inteiro vivem em permanente estado de ansiedade
O ritmo de vida cada vez mais acelerado, o acesso fácil à informação, a imprevisibilidade resultante do atual contexto pandémico, aliados às experiências pessoais – como por exemplo, mudanças na família, perdas de rendimentos, etc. – funcionam como gatilhos para os transtornos de ansiedade. É cada vez maior o número de pessoas que se vêm incapazes de lidar com os desafios do quotidiano, e que acabam, desta forma, por desenvolver um quadro de ansiedade. Falamos aqui, não da ansiedade considerada “normal”, isto é, aquela desencadeada por circunstâncias bem identificadas, como um desafio ou uma situação de perigo, mas, sim, de um persistente estado de medo – as pessoas vivem na iminência de que algo de mal lhes irá acontecer – mesmo em situações em que não se justifique.
A ANSIEDADE
É uma resposta emocional natural a situações específicas do quotidiano, caraterizada por sentimentos de tensão, preocupação e insegurança, acompanhados por alterações físicas, como o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, tremores e tonturas.
PROBLEMA DE SAÚDE
Passa a tratar-se de um problema, normalmente, quando uma pessoa perde a capacidade de gerir as suas emoções. O medo e a insegurança tornam-se persistentes e acabam, deste modo, por interferir negativamente no desenvolvimento das atividades diárias.
Estima-se que, atualmente, cerca de 264 milhões de pessoas, no mundo, enfrentam este problema. Homens, mulheres, jovens e crianças, lidam com este mal, que lhes provoca sofrimento físico e emocional.